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Finalmente temos os Piores Heróis da História em cartaz nas telonas mundiais! Trazendo uma nova dinâmica para o Universo Estendido DC, Esquadrão Suicida é um filme diferente de todos os filmes baseados em HQs lançados neste ano. Ainda não viram o longa? Não se preocupem, porque não traremos spoilers em nossa crítica, mas também não deixem de ir ao cinema para tirar suas próprias conclusões!
Parece que alguma praga ronda os filmes da DC neste ano quando olhamos para as críticas. Em Março, Batman V Superman: A Origem da Justiça teve uma recepção muito aquém do que era esperado, sendo até mesmo comparado com filmes como Demolidor (2003) e O Homem de Aço (2013), grandes exemplos de fracassos de filmes de quadrinhos. E, é claro, se o filme que definiu este novo universo cinematográfico teve uma pobre recepção, o longa composto por alguns dos maiores vilões do Batman e do Flash, por exemplo, não teve muito mais sorte, sendo logo atacado por grandes sites. Mas será que o filme realmente mereceu todas as reclamações de "especialistas" no assunto?
Desde que foi anunciado durante a Comic Con de 2015, criou-se muita expectativa para o que seria do filme em seu lançamento. Contando com um elenco recheado de astros, como Will Smith, Jared Leto e Margot Robbie, muitos duvidaram de que seria capaz que o resultado final desagradasse os fãs, sendo que o trailer exibido na ocasião chegou a ser premiado. Mas o que se viu depois foi uma desesperada busca por identidade, vendo que as coisas com A Origem da Justiça não saíram bem como planejado, levando à mudanças de última hora no filme. Ao invés de assumir o tom mais sério e até mesmo sombrio trazido no primeiro trailer, as campanhas de marketing transformaram o filme em algo excessivamente colorido e alegre, e por mais que isso tenha realmente vendido o filme para muitos, logo começaram as comparações com títulos da rival Marvel e sua fórmula bem-humorada em seus filmes. Falando em trailers, há mais diferenças entre o produto final e o que foi mostrado antes de sua estreia. Essencialmente, o Coringa apresentado nos trailers era mais frio e presente do que foi no próprio filme, e isso em muito desagradou, primeiramente por ter elevado demais as expectativas quanto ao personagem, e depois, não pudemos ver efetivamente o desempenho de Jared Leto no papel. Falando em palhaços...
Um dos pontos principais de Esquadrão Suicida é o relacionamento entre o Coringa e a Arlequina, sendo que a última pode ser apontada como um dos pontos mais altos do filme. Mesmo que distante ao longo do filme, o Coringa é frequentemente lembrado por sua amada nos mais diversos momentos, e como se esperava, ele afeta diretamente a história do filme em determinado momento, mas acaba por ser uma mudança bem superficial, já que tudo toma seu rumo em alguns minutos. A história dos dois é muito bem contada, retomando às origens da própria Arlequina, mas muito se vê de um, e pouco de outro, o que acaba confundindo os espectadores que pouco conhecem os vilões do filme. Infelizmente, este problema também ocorre com o resto da Força Tarefa X, sendo que personagens como o Capitão Bumerangue e o Crocodilo sirvam apenas como alívio cômico. Além disso, Katana, que aparecia como uma das personagens principais, chega literalmente atrasada no filme, mas isso não afeta a personagem, já que mesmo pouco explorada, tem imensa profundidade em sua origem, se tornando uma das "menos malvadas" personagens do vilanesco esquadrão. Ela não é a única a criar carisma com o público...
O Pistoleiro, clássico inimigo do Batman, interpretado aqui pelo inigualável Will Smith. O homem que não erra um tiro sequer também tem um coração, e suas razões de viver se encontram em sua filha, o que torna seu arco uma espécie de busca por redenção, e isso coloca o personagem logo de cara como o protagonista do filme. E como um bom protagonista, sabe muito bem como conduzir o filme, independente do tom das cenas! É ele o único dos vilões a enfrentar aquela que é a responsável pela criação da Força Tarefa X, e mesmo que curtos, os confrontos entre o Pistoleiro e Amanda Waller valem cada segundo, sendo que a segunda teve uma interpretação impecável de Viola Davis, literalmente encarnando a personagem! Aliás, todos os atores apresentam atuações sensacionais, e chega a ser difícil escolher apenas um destaque entre eles. É claro, com um foco maior em alguns personagens (Pistoleiro, Waller e Arlequina), fica melhor evidenciada a participação daqueles responsáveis pelos personagens, mas menções honrosas devem ser dadas a Jay Hernandez e Joel Kinnaman, Diablo e Rick Flag, respectivamente, excepcionais em seus papéis. Mesmo o próprio Jared Leto merece seus créditos, apesar de pouco aparecer, e mesmo em poucos minutos, seu potencial para interpretar o Coringa é nítido, mas não vimos o suficiente do vilão. As únicas exceções são o Amarra e Magia, que pouco aparecem no filme. Na verdade, Cara Delevingne convence como June Moone, mas não como o alter-ego da personagem, o que seria fundamental...
E aqui temos um grande problema do filme, mas não exclusivo a Esquadrão Suicida, mas sim algo que vemos já faz um bom tempo em filmes de "heróis": a escolha do antagonista. Desde os primeiros trailers, já se suspeitava de que a grande vilã (em meio aos outros) seria a Magia. O que acontece é que temos um vilão superficial, com planos superficiais e até mesmo uma aparição superficial. Para se ter uma ideia, muito mais gente presta atenção na (impecável) trilha sonora do filme do que nos objetivos dos (sim, no plural) antagonistas. Se todos os vilões de filmes querem dominar o mundo, o que muda aqui, em um filme com tantas mudanças? Nada. O preceito de traição de um povo já foi usado em X-Men: Apocalipse há alguns meses atrás, e assim como no filme da Fox, temos um vilão que tem motivos tolos para botar seu plano em prática. Tudo bem, a Magia não decepciona tanto como o Ultron, nem como o Apocalipse de Batman V Superman: A Origem da Justiça, mas deixa muito a desejar. Certamente, uma escolha mais elaborada traria muito mais conteúdo ao filme, mas não muito do que se queixar aqui, porque todos os filmes andam meio desalinhados neste quesito. Mas o que seria dos vilões sem heróis? O filme traz uma excelente (porém curta demais) aparição do Batman, e assim como no caso dos outros atores, Ben Affleck simplesmente parece ter sido feito para seu papel. Quanto ao Flash, sua aparição é rápida demais (já era esperado, não é?), mas também podemos perceber que coisas boas ainda virão de Ezra Miller no papel. E temos na direção um diretor que cada vez mais prova sua capacidade, trazendo à vida um incrível filme que talvez nunca veja a luz do dia por conta de decisões erradas.
David Ayer é quem assina o filme, e sua capacidade como diretor é inquestionável. Mesmo que a Warner tenha entregue um filme que se especula ser totalmente diferente da versão criada pelo diretor, o caminho inicialmente traçado por Ayer foi o que mais chamou a atenção para o filme, e devemos a ele o crédito por ter entregue um filme incrível, mesmo com defeitos graves de enredo. E o que torna o filme algo excelente são os detalhes, desde as músicas que tocam em determinados momentos até as referências à obra de John Ostrander, aquele que escreveu o esquadrão como conhecemos hoje. A proposta de colocar vilões para derrotar um mal ainda pior é genial, e chega a atacar até mesmo os preceitos políticos que regem o Universo Estendido DC. Se a "morte" de Superman serviu para dar um sopro de vida à Liga da Justiça, é certo que vemos em Esquadrão Suicida um novo episódio para as histórias da DC no cinema. Já era hora de se mudarem algumas coisas no gênero de heróis, e é bom ver esta mudança tomando certa forma. Apesar de não ter sido bem aceito pelos críticos, o filme merece sim uma segunda chance! Não deixem as notas baixas te enganarem, em baixo de toda a cor e aparência bonitinha do filme, existe um grande longa-metragem esperando para ser visto! Agora corram para o cinema mais próximo e tirem suas próprias conclusões, depois voltem e nos contem o que acharam deste incrível filme!
E aqui temos um grande problema do filme, mas não exclusivo a Esquadrão Suicida, mas sim algo que vemos já faz um bom tempo em filmes de "heróis": a escolha do antagonista. Desde os primeiros trailers, já se suspeitava de que a grande vilã (em meio aos outros) seria a Magia. O que acontece é que temos um vilão superficial, com planos superficiais e até mesmo uma aparição superficial. Para se ter uma ideia, muito mais gente presta atenção na (impecável) trilha sonora do filme do que nos objetivos dos (sim, no plural) antagonistas. Se todos os vilões de filmes querem dominar o mundo, o que muda aqui, em um filme com tantas mudanças? Nada. O preceito de traição de um povo já foi usado em X-Men: Apocalipse há alguns meses atrás, e assim como no filme da Fox, temos um vilão que tem motivos tolos para botar seu plano em prática. Tudo bem, a Magia não decepciona tanto como o Ultron, nem como o Apocalipse de Batman V Superman: A Origem da Justiça, mas deixa muito a desejar. Certamente, uma escolha mais elaborada traria muito mais conteúdo ao filme, mas não muito do que se queixar aqui, porque todos os filmes andam meio desalinhados neste quesito. Mas o que seria dos vilões sem heróis? O filme traz uma excelente (porém curta demais) aparição do Batman, e assim como no caso dos outros atores, Ben Affleck simplesmente parece ter sido feito para seu papel. Quanto ao Flash, sua aparição é rápida demais (já era esperado, não é?), mas também podemos perceber que coisas boas ainda virão de Ezra Miller no papel. E temos na direção um diretor que cada vez mais prova sua capacidade, trazendo à vida um incrível filme que talvez nunca veja a luz do dia por conta de decisões erradas.
David Ayer é quem assina o filme, e sua capacidade como diretor é inquestionável. Mesmo que a Warner tenha entregue um filme que se especula ser totalmente diferente da versão criada pelo diretor, o caminho inicialmente traçado por Ayer foi o que mais chamou a atenção para o filme, e devemos a ele o crédito por ter entregue um filme incrível, mesmo com defeitos graves de enredo. E o que torna o filme algo excelente são os detalhes, desde as músicas que tocam em determinados momentos até as referências à obra de John Ostrander, aquele que escreveu o esquadrão como conhecemos hoje. A proposta de colocar vilões para derrotar um mal ainda pior é genial, e chega a atacar até mesmo os preceitos políticos que regem o Universo Estendido DC. Se a "morte" de Superman serviu para dar um sopro de vida à Liga da Justiça, é certo que vemos em Esquadrão Suicida um novo episódio para as histórias da DC no cinema. Já era hora de se mudarem algumas coisas no gênero de heróis, e é bom ver esta mudança tomando certa forma. Apesar de não ter sido bem aceito pelos críticos, o filme merece sim uma segunda chance! Não deixem as notas baixas te enganarem, em baixo de toda a cor e aparência bonitinha do filme, existe um grande longa-metragem esperando para ser visto! Agora corram para o cinema mais próximo e tirem suas próprias conclusões, depois voltem e nos contem o que acharam deste incrível filme!
Nota do avaliador:
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