Hoje um ícone entre os fãs das HQs fez o anúncio definitivo de sua aposentadoria das publicações. Responsável por obras clássicas como Watchmen (que completa 30 anos neste mesmo ano!) e Batman: A Piada Mortal pela DC, por escrever Miracleman e uma das fases do Capitão Britânia pela Marvel, além de histórias como as do Monstro do Pântano e V de Vingança pela Vertigo, o escritor teve sua aposentadoria confirmada pelo jornal The Guardian, que fez uma grande reportagem sobre ele. Conhecido pelo criticismo à realidade em suas histórias, o escritor nunca se rendeu à fama conquistada durante os anos de trabalho, e sempre foi relutante quanto a ceder as HQs escritas por ele para adaptações em filmes (mesmo que elas ocasionalmente tenham aparecido). E esse é um dos pontos principais citados pelo autor ao falar de seu afastamento do ramo das HQs. Ao invés de desistir por sentir a falta de algo, Moore se despede das páginas com um sentimento de totalidade, de realização. De acordo com o próprio autor, ainda restam "umas 250 páginas de histórias em sua mente", para só então se afastar de vez do trabalho de escritor de HQs.
"Eu acho que já fiz o suficiente pelas histórias em quadrinhos. Já fiz tudo o que podia fazer. Creio que se continuasse a trabalhar com isso, inevitavelmente acabariam as ideias, e vocês me veriam sempre escrevendo sobre as mesmas coisas e pensariam que eu provavelmente mereceria algo melhor do que isso... Eu já sei que posso fazer qualquer coisa que qualquer um é capaz de fazer no ramo dos quadrinhos. Não preciso provar nada para mim mesmo ou para qualquer um... Eu sempre reverenciarei as HQs como uma forma de mídia. E é um meio maravilhoso."
Mas se vocês já estão pensando que nunca mais ouviremos falar sobre o autor, estão enganados! Ao invés de descansar de seu trabalho de autor, Moore só está mudando de gênero. Seus planos agora incluem escrever em novas áreas, como romances e até mesmo enredos para filmes. Ainda não sabemos o que o futuro guarda para esse gênio e seu método de contar histórias, mas temos de concordar que se o próprio escritor já se sente realizado neste meio, devemos respeitar a decisão e deixá-lo respirar novos ares, sem deixar de conferir os seus novos trabalhos. A entrevista completa se encontra no site do The Guardian, mas sem dúvida, as obras de Alan Moore se encontram mais do que nunca nas páginas da história!

