The Flash - 2ª Temporada - Crítica


Chega ao fim mais uma longa temporada de The Flash, adaptação feita pela CW das histórias do Velocista Escarlate, Barry Allen, para as telinhas.

Para os fãs assíduos da série e do herói, essa foi uma temporada difícil. Vimos um inicio promissor, com expectativas altíssimas dos acontecimentos seguintes no universo da série, expectativas tanto para o desenvolvimento do personagem principal quanto dos secundários, além do universo no qual tudo se passa, mas as mesmas iam diminuindo no decorrer dos episódios e desenrolar da temporada.

Como dito no início, foi uma temporada difícil, se mostrando, algumas vezes, arrastada, com episódios que, visivelmente, não iriam adicionar ou alterar de forma drástica o universo em que a série se passa. Claro, tivemos episódios onde, mesmo esses não sendo determinísticos na série, foram apresentados vilões que nos fizeram vibrar durante suas batalhas, como o Tubarão Rei, por exemplo. Além da aparição de outros personagens já vistos anteriormente na série do Flash e em Arrow, como o Capitão Frio e o Onda Térmica, e é nessa parte que a série se destoa um pouco.

Esses vilões – Capitão frio e Onda Térmica – são “trazidos de volta” como forma de promovê-los para a estreia de sua própria série, Legends of Tomorrow. Além dos vilões, trabalha-se também o herói Nuclear, que também é um dos personagens de Legends.

Os episódios em que são trabalhados esses personagens não são de todo ruins, porém, acabam por deixar o foco da temporada meio em dúvida. Afinal, vamos ou não vamos ver Barry Allen evoluir como Flash? De fato, vemos uma evolução do personagem, mas não da forma que a maioria esperava. Grande parte dos fãs já esperava um Flash mais parecido com o dos arcos clássicos do personagem nos quadrinhos, arcos esses onde ele já é um herói totalmente construído e que pode trabalhar de forma solo tranquilamente.

E é nesse ponto que vemos que esse ainda não é o Flash tão aclamado pelos fãs, pois vemos a necessidade imposta a ele de ter uma equipe que o auxilie, que aja como background para suas ações. Que, de fato, dê suporte para que ele tenha sua evolução por decorrência do andar da série, não simplesmente pela transição de uma temporada para outra. Isso, ao contrário do que muitos podem pensar, não é ruim, pois acaba por aproveitar ainda mais os personagens secundários que aprendemos a gostar na primeira temporada.

Alguns episódios dessa temporada tentam explorar de uma melhor forma os relacionamentos dos personagens extra Star Labs. Em sua maioria, não funcionam de forma boa, pois não trazem adendos visíveis para a maioria dos personagens. O Cisco, por exemplo, tem interações com seu irmão que não fazem diferença nenhuma no personagem, porém, em contrapartida, o mesmo evolui muito como Vibro no decorrer da série, o que vem a ser importantíssimo no desenrolar da temporada. Os personagens como um todo não tiveram grandes mudanças desde a primeira temporada, o que não é ruim, pois os mesmos agradaram bastante anteriormente.

Quanto ao arrastamento da série, a partir da metade da temporada começamos a ver episódios monótonos, onde não acontecia praticamente nada, e, quando acontecia, tudo se passava nos últimos minutos do episódio, dando margem para algo grandioso na continuidade. Mas isso acabava entrando num looping que se resumia a: expectativa alta para o próximo episódio e nada acontecia em seguida. Isso chegava a irritar, principalmente quando a série voltava de um hiato de alguns dias ou semanas.

Novos personagens foram apresentados nesta temporada, tal como o Wally West, filho de Joe e irmão de Iris West, – falaremos dele logo em seguida – e Patty Spivot, que entra como um interesse amoroso de Barry

Patty tem uma química com o Barry que até então não fora vista nem com a Iris, muitas vezes chegando a nos deixar pensando se ela não seria um par melhor para o herói do que a própria Iris. Ela é uma personagem que, de fato, tem uma participação nos momentos de ação da série, pois ela é uma policial que está o tempo todo à beira do perigo, além de suas motivações para ter se tornado policial, um ponto alto da personagem.

Em suas primeiras aparições, Wally se mostra um personagem totalmente diferente dos demais, porém, ele tem grande evolução, principalmente nos momentos finais da temporada. Inicialmente vemos um personagem com grandes problemas de identidade, além dos problemas de relacionamento com seu pai e irmã. O Flash, além do próprio Barry, é um fator importantíssimo no crescimento desse personagem, pois ele cria todo um simbolismo heroico pelo qual Wally acaba sendo cativado, deixando claro aquilo que vemos nas HQs, por exemplo, a admiração que Wally tem pelo Flash/Barry.

É interessante citar a participação da Iris nessa segunda temporada, pois ela também tem uma boa evolução com relação à temporada passada. De início, não parecia que iria ser algo natural sua entrada de vez para o #TeamFlash, – deixando até meio de lado suas aparições extremamente chatas como jornalista – pois se mostrava muito forçada sua participação nas ações da equipe, tendo muitas vezes diálogos que não se atribuíam de forma convincente à personagem. Porém, isso foi mudando da segunda metade da temporada em diante, quando a personagem se mostra muito importante para o crescimento do Barry como Flash, tornando-se de vez indispensável ao herói.

Como na primeira temporada, temos um vilão que faz com que as especulações e dúvidas de fãs girem em torno dele. Zoom é um bom vilão, – não tanto quanto o Flash Reverso na primeira temporada, mas ainda é muito bom – pois ele é o vilão que, até agora, claramente deixa todos ao seu redor extremamente amedrontados, e com aquela sensação de total ameaça. Ele não é um vilão genial como fora o Flash Reverso, não tem aquela psicopatia exposta em cada diálogo ou ação, como o vilão anterior, mas é tão ameaçador quanto. Um vilão que tem objetivos únicos de destruição e conquista. Um vilão VILÃO.

Por fim, tivemos um season finale salvador, que, de fato, foi um episódio digno de primeira temporada de The Flash, atando todos os nós deixados quase por todos os vinte e dois episódios anteriores. Revelações fantásticas, aparições excepcionais... Um deleite aos fãs. A impressão que dá é que tudo foi guardado para o último episódio.

Ao fim da temporada, a sensação que temos é de que ela como um todo não teve grandes acontecimentos ou reviravoltas – alguns até bem previsíveis –, e isso se mostra como um dos fatores que demonstram que não tivemos uma temporada melhor que a primeira, pois se tinham expectativas enormes para a segunda justamente por consequência do sucesso da anterior. Isso não quer dizer, de maneira alguma, que essa segunda temporada tenha sido ruim. Foi uma boa temporada, nos apresentou personagens, nos tirou outros, e, por fim, nos deixou extremamente ansiosos, criando diversas teorias e especulações, para a continuação da série. Essa terceira temporada que promete... E muito!


   Nota do avaliador:

E você, o que achou da 2ª temporada de The Fash? Não deixe de opinar!
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